Uma das coisas mais cafonas da PUC é que existem aulas de religião. Confesso que tenho um senão com aulas que envolvam a temática religiosa, mas simplesmente porque acho que muita gente não sabe a distinção entre aula e pregação. Tive um ano dessas aulas: um semestre com um professor, que foi praticamente exorcizado do Jornalismo depois que passou pela nossa sala, e no segundo semestre outro.
Um das polêmicas com a aula é que faz muito tempo que a PUC é frequentada por católicos, agnósticos, ateus, judeus, umbandistas, presbiterianos e evangélicos. Tem até Bola de Neve. Enquanto a temática religiosa está restrita ao âmbito filosófico, tudo flui bem e certas questões parecem bem interessantes. Mas vai sempre depender da abordagem dada pelo professor.
O tal do professor de primeiro semestre resolveu ensinar o que era a religião católica e defender os preceitos das encíclicas, dos discursos papais. Muito retrógrado!O livro dele servia de base para discussão, mas ele insistia em tratar de temas polêmicos como aborto, uso de camisinhas e anticoncepcionais e etc. Sempre tentando cooptar pessoas a acreditar, ou pelo menos comprar, a argumentação do catolicismo. Uma vez ele até falou que aspessoas não deveriam usar camisinha ou qualquer outro método anticoncepcional porque isso ia contra as leis divinas. Os jornalistas cri-cris que estavam na sala estavam sempre caindo de pau em tudo o que o professor falava (eu era uma delas) e, depois de muita luta verbal, ele resolveu que era melhor mudar de curso. Fazia sentido...
No segundo semestre, o professor tratou de temas como: a orientalização da crença, mélange e sincretismo religioso, por quê as pessoas tem fé. Muito mais interessante, sem grandes conflitos. Metade das pessoas tinha perdido o interesse na disciplina, mas participava esporadicamente da aula. A outra metade nunca fez esforço nenhum para participar e resolveu que era melhor se concentrar em conseguir nota no trabalho de fim de semestre. Acontece...
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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