Estava relendo o texto hoje e percebi que o tom do diário estava um pouco agressivo e me dei conta da aflição em que eu fiquei por discutir aspectos negativos da escola em sua atual composição e o papel do
Mas vou me aproveitar da minha indignação para discutir outros aspectos do processo de aprendizagem, que fazem parte da vida e do cotidiano dos alunos fora da sala de aula, e estão fora da alçada do professor, sendo de responsabilidade total e irrestrita dos pais, avós, irmãos, parentes diretos, pessoas com quem as crianças/adolescentes convivem.
Às vezes eu vejo pais que não lêem uma linha do jornal ou um livro que seja e cobram que seus filhos saibam na ponta da língua as respostas de vestibular sobre "Macunaíma" de Mário de Andrade ou "Os Lusíadas" de Camões. Vamos combinar? Livros chatos ao quadrado. Mas, se esse indivíduo nunca tomou conhecimento de alguém que incorpore leituras no seu cotidiano e que mostre o valor da informação e do conhecimento na sociedade contemporânea, não vai ser o discurso do professor na sala de aula que vai mudar os hábitos do aluno. Tem certas tarefas, às vezes tidas como hercúleas, nas quais a interferência e o estímulo paternal está diretamente relacionado ao resultado final no processo de ensino/aprendizagem de crianças, jovens e adolescentes.
O esforço conjunto entre escola e família é algo reconhecidamente importante. Será que, enquanto pais e educadores, podemos começar em estabelecer um diálogo que resulte em práticas conjuntas?
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